No início da colonização do Rio Grande do Norte, o território de Goianinha era ocupado pelos índios Janduís, originários dos Cariris, que viviam na aldeia e dedicavam-se à caça, pesca e plantio de mandioca e milho. O nome primitivo era Goiana, com várias grafias, entre elas, o nome Guiana, proveniente da abundância de caranguejos, perfeitamente adaptados ao local. Em 1653, tinha o nome de Goacana ou Viajana e ainda era ocupado pelos índios Janduís.

Meio século depois, a região já contava com uma população de brancos, possivelmente holandeses, localizados na ilha de Guaraíras, onde construíram fortificações contra os ataques indígenas.

Há divergências sobre o início da exploração das terras, mas segundo a tradição, a formação do núcleo populacional foi decorrente das sesmarias doadas a vendedores ambulantes, procedentes de Goiana Grande, Pernambuco, entre 1676 e 1690. No século XVIII, apareceu o topônimo Goianinha (Goiana Pequena), para distingui-la de Goiana Grande (PE).

O distrito foi criado em 1757 e levado a efeito pelo decreto de 07 de agosto de 1832, que transferiu para a povoação desse nome à sede do município de Arez, o que foi confirmado pela Resolução do Conselho do Governo, de 11 de abril de 1833. De acordo com a divisão administrativa em 1911, os distritos de Goianinha, Espírito Santo, Piau e Tibau do Sul, compõem o município de Goianinha, cuja sede se elevou à categoria de cidades por efeito da Lei Estadual nº 712 de 9 de novembro de 1928.

Com uma área de aproximadamente 192,279 km2, o município localiza-se na Zona Litorânea do Rio Grande do Norte e a sede está a 57 km da capital potiguar Natal. Fica a 37 metros acima do nível do mar, seu clima é ameno no verão e frio no inverno, e tem uma população de aproximadamente 23 mil habitantes, sendo que a maior parte vive na zona urbana.

Goianinha, assim como grande parte dos municípios norte-rio-grandenses, tem uma economia formada por diversas atividades como: pecuária, agricultura, indústria, comércio e turismo.

Dentre as atividades econômicas mais antigas, está a produção de tijolos e telhas, tradicional há mais de três décadas. Contudo, atualmente, não possui tanta expressividade no cenário econômico geral.

A cultura da cana-de-açúcar ainda é uma das mais importantes do município, não somente pela quantidade e valor da produção na economia, mas pela representatividade histórica. Goianinha ainda conserva fazendas, onde se pode observar toda a história da cultura canavieira, entre elas, a Fazenda Bom Jardim é um exemplo.

O comércio tem sido a atividade que mais movimenta a economia goianinhense, com desenvolvimento e expansão das empresas locais, além da instalação de grandes grupos empresariais no município.

A cultura do município se destaca pelo grande acervo cultural: edificações datadas do período colonial como a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, o Cemitério Municipal, as construções dos engenhos Bom Jardim e Bosque, o prédio do Instituto Santa Terezinha e Estação Ferroviária, além de contar com várias edificações da arquitetura neoclássica, típicas do século XIX.

Também fazem parte da cultura do município manifestações populares, como: o Zambê, a Ciranda, o Pastoril e os grupos de João Redondo. No mês de junho, os festejos juninos são tradicionais com apresentações de quadrilhas nos bairros e comunidades do município. A valorização e o incentivo à cultura municipal têm acontecido de forma bastante expressiva, possibilitando e oportunizando um maior conhecimento e aprendizado da história através dos fatos que integram a cultura, seja ela popular ou erudita.